o trabalho foi realizado durante os meses de junho e julho, nas aulas de Língua Portuguesa.
Primeiramente, foram analisados textos sobre o tema proposto e todos seus elementos (detetive, pistas falsas, vítimas, assassinos, etc.). Dentre os textos estudados o que mais chamou a atenção foi "O último cuba", que foi retirado do portal do professor (Mec).
Posteriormente, foi iniciada as produções, na qual os alunos criaram o esboço do conto como recortes de jornais.
O resultado final foram produções criadas nos nets com imagens e cheias de suspense.
TEXTO:
O Último
Cuba-libre
Marcos Rey
Marcos Rey
Durante o dia, Adão
Flores era um gordo como qualquer outro. Sua atividade e seu charme
começavam depois das 22 horas e às vezes até mais tarde. Então
era visto levando seus 120 quilos às boates, bistrôs e inferninhos
da cidade, profissionalmente, pois não só gostava da noite como
também vivia dela. Empresário de modestos espetáculos, era a
salvação última de cantores, mágicos, humoristas decadentes.
[...]
Como o tempo, Adão Flores adquiriu outra profissão, paralela à de empresário da noite, a de detetive particular, mas sem placa na porta e mesmo sem porta, atividade restrita apenas a cenários noturnos e pessoas conhecidas. Apesar de agir esporadicamente e circunscrito a poucos quarteirões, Adão Flores começou a ganhar certa fama graças a um jornalista, Lauro de Freitas, que começava a fazer dele personagem frequente em sua coluna, a ponto de muita gente supor tratar-se de ficção e mais nada.
Adão Flores apareceu no “Yes-Club”, cumprindo seu itinerário habitual. Rara era a noite em que não comparecia ao tradicional estabelecimento da Bianca, onde seus casos tinham grande repercussão [...]. Mas nem teve tempo de sentar-se. Uma mulher, nervosíssima, que já o aguardava, aproximou-se dele um tanto ofegante.
- Lembra-se de mim, Adão?
- Estela Lins?! Como vai o malandro do seu marido? Anda sumido!
- É por causa dele que estou aqui. Adão, você pode me acompanhar? Meu carro está na porta. É um caso grave.
- O que aconteceu?
- Direi tudo no carro.
Júlio Barrios, mexicano, cantor de boleros, fora um dos contratados de Adão que mais lhe deram dinheiro nos quase dez anos que estivera sob contrato. [...] Quando o público se cansou dele, Flores levou-o às churrascarias, salões da periferia e cidades do interior, etapas do declínio de qualquer cantor. Júlio não se abateu totalmente, pois, enquanto tivesse uma mulher apaixonada a seu lado, podia levar a vida.
Estela dirigia atabalhoadamente um fusca em estado de desmaterialização.
- Disse que Júlio está assustado?
- Disse apavorado.
- Por quê?
- Telefonemas ameaçadores.
- Quem seria a pessoa?
- Ele diz que não sabe.
- Mas você acha que sim.
- Pode ser algum traficante de drogas.
- Ora, Júlio nunca mexeu com isso. Trabalhamos juntos anos a fio e nunca o vi cheirar nada suspeito. Sua obsessão sempre foi outra...
O que o empresário-detetive imaginava era a ameaça de algum marido ou amante ciumento, daí Júlio não revelar nada a Estela, sua terceira ou quarta mulher desde que chegara ao Brasil. Apesar da decadência artística Júlio continuava bem-sucedido nessa modalidade esportiva. [...]
- Júlio sabe que veio me buscar?
- Sabe. Disse que quer tomar um cuba-libre com você, como nos velhos tempos.
- Espero que ele não acredite muito na coluna do Lauro de Freitas. Não sou tão bom detetive assim.
- Estamos chegando.
Estela estacionou o carro diante de um pequeno edifício de três andares. O casal morava no primeiro, cujas luzes estavam acesas.[...] A mulher abriu a porta, [...] indicou um velho divã ao empresário. Foi se dirigindo ao interi or do apartamento, an unciando:
- Adão está aqui, querido!< br />O empresário-detetive largou todo o seu peso numa mirrada poltrona, que protestou, rangendo. Não conhecia aquele apartamento. Júlio, sempre que mudava de mulher, mudava também de endereço.[...]
- Quem é o senhor? – Adão ouviu de repente a voz de Estela, vinda do quarto, em tom de pavor. – O que faz aqui?
Adão levantou-se: algo de anormal acontecia.
Novamente a voz de Estela, agora num grito:
- Juuuulio!
Adão deu uns passos enquanto Estela aparecia à porta do quarto, tentando dizer alguma coisa. O detetive entrou precipitadamente. A primeira imagem que viu foi Júlio sobre a cama, ensanguentado.
Estela apontou para a janela aberta.
- Ele fugiu!
Adão correu para sala e Estela abriu a porta do apartamento. Os dois precipitaram-se para a rua, ela na frente. Logo adiante havia uma esquina, que o criminoso já devia ter dobrado. Estela segurou Adão pelo braço.
- Vamos socorrer Júlio.
Regressaram ao apartamento. A lâmina toda de uma tesoura comprida estava enterrada nas costas de Júlio. O detetive apalpou-lhe o peito. O coração já não batia nem no ritmo lento do bolero.
Enquanto a polícia não chegava, Adão dava uma olhada no quarto. Estela, em prantos, aguardava a presença do cunhado, um de seus únicos parentes. Flores notou que algumas gavetas de uma cômoda estavam abertas. O criminoso estivera procurando alguma coisa. No peitoril da janela, um pouco de terra, certamente deixada pelos sapatos do homem que saltara. E sobre o criado-mudo um copo, o último cuba-libre que Júlio não terminara de beber. Sem gelo. Quem tomaria um cuba sem gelo num calor daquele? Foi ao encontro de Estela, na sala, e a achou dobrada sobre o divã.
- Gostaria de conversar com o zelador.
- O prédio não tem zelador, apenas uma faxineira no período da manhã.
- Acha que poderia reconhecer o homem?
- Nunca mais o esquecerei – garantiu Estela. – Era baixo, troncudo e tinha os olhos puxados.
- Já o vira antes?
- Não.
Adão retornou ao quarto, para dar mais uma espiada. Dali a instantes a polícia chegou: um delegado e dois tiras.
- Não mexi em nada – disse Flores. – E cuidado com o peitoril da janela. Há terra de sapato nele. Foi por onde o criminoso fugiu.
- O senhor o viu?
- Não, mas dona Estela poderá ajudar a fazer o retrato falado dele. Ela o encontrou no quarto de Júlio.
O delegado encarou o detetive.
- Você não é um tal Adão Flores, metido a Sherlock?
- Sou esse tal, mas vim aqui como amigo, chamado por Estela. Julio tinha recebido uns telefonemas ameaçadores.
Adão deixou os tiras trabalharem e saiu do quarto. O criminoso saltara da janela para um corredor cimentado que rodeava o edifício. Para baixo o santo tinha ajudado, mas subir pela janela teria sido difícil. Certamente ele tocara a campainha e entrara pela porta. Antes, porém, pisara em algum jardim, como atestava a terra do peitoril. Havia jardim à entrada do edifício?
Um dos tiras apareceu à porta com uma pergunta.
- O senhor deixou uma ponta de cigarro no cinzeiro? Há duas lá, mas só uma é da marca que Julio fumava.
- Só fumo em reuniões ecológicas. O criminoso deve ter tido tempo para fumar um cigarro. Só pode ter sido ele, pois Estela não fuma.
Adão permaneceu no apartamento até a chegada da Polícia Técnica, quando Estela Lins, no bagaço, foi levada pelo cunhado, que, antes de sair, declarou com todas as letras:
- Julio bem que mereceu isso. Um vagabundo, um explorador de mulheres! A polícia não devia perder tempo procurando o assassino.
Já era madrugada quando Flores retornou ao “Yes-Club”. [...] Contou a todos o que sucedera, recebendo em troca uma informação. Julio Barrios aparecera por lá, naquela semana, muito feliz. Uma gravadora resolvera lançar um elepê com seus maiores sucessos, Recuerdos, no qual depositava muitas esperanças. Planejava inclusive pintar os cabelos pa ra renovar o visual. E stava animadíssimo.No dia seguinte, Adão Fl ores compareceu à polícia para prestar depoimento. Estela, por sua vez, estava cooperando. O retrato falado do criminoso já estava pronto e sairia em todos os jornais. O delegado, porém, já manifestava uma suspeita.
- Não gostei da cara daquele cunhado. Estela pode até estar tentando protegê-lo.
- Não creio – replicou Adão. – Era apaixonada pelo cantor.
- Mas amores passam – comentou o delegado. – Como certas modas musicais...
Adão Flores foi ao jornal onde trabalhava Lauro de Freitas.
- Quantos quilos você pesa, Lauro?
- Acha que estou engordando?
- Que mal há nisso? Os gordos são belos.
- Setenta quilos.
- Então, venha.
- Onde?
- Você tem o mesmo peso do homem que matou Barrios, segundo declaração de Estela na delegacia.
- E isso me torna um suspeito?
- Vamos ao apartamento.
À porta do edifício, Adão identificou-se a um guarda, que vigiava o lugar desde o assassinato. Não foi fácil convencê-lo a deixar que o detetive e o jornalista entrassem no apartamento.
- Estamos aqui. E agora, Adão?
- Você vai fazer uma coisa, Lauro: saltar do peitoril da janela para o corredor.
Abriram a janela e o jornalista espiou.
- Altinho. Posso sentar no peitoril?
- Não, suba nele e salte.
- E se o pára-quedas não abrir?
- Não salte ainda. Vou para a sala. Aguarde minhas ordens, então salte e corra até a entrada do edifício.
Adão voltou para a sala, deu as instruções e ficou atento. Ouviu o baque dos pés de Lauro no cimento e, em seguida, seus passos rumo ao portão. Pouco depois, Lauro voltou à sala.
- O que quer mais? Sei plantar bananeira.
- Como atleta amador você não pode ser pago. Mas vou lhe fornecer uma bela história para sua indigna coluna. Não tire os olhos de mim. Agora vamos à gravadora Metrópole.
- Por quê?
- Porque quero pôr na cadeia a pessoa que matou o melhor intérprete de “Perfume de Gardênia”. Quem fez isso é meu inimigo pessoal. Não se apaga assim um parágrafo da História.
Adão e Lauro foram à gravadora, onde o detetive conversou com o diretor-artístico. Sim, Barrios ia gravar mesmo um elepê. Esperavam vendê-lo para uns cem mil saudosistas. E o homem fez mais, forneceu certo endereço que Flores considerou importantíssimo.
Como o tempo, Adão Flores adquiriu outra profissão, paralela à de empresário da noite, a de detetive particular, mas sem placa na porta e mesmo sem porta, atividade restrita apenas a cenários noturnos e pessoas conhecidas. Apesar de agir esporadicamente e circunscrito a poucos quarteirões, Adão Flores começou a ganhar certa fama graças a um jornalista, Lauro de Freitas, que começava a fazer dele personagem frequente em sua coluna, a ponto de muita gente supor tratar-se de ficção e mais nada.
Adão Flores apareceu no “Yes-Club”, cumprindo seu itinerário habitual. Rara era a noite em que não comparecia ao tradicional estabelecimento da Bianca, onde seus casos tinham grande repercussão [...]. Mas nem teve tempo de sentar-se. Uma mulher, nervosíssima, que já o aguardava, aproximou-se dele um tanto ofegante.
- Lembra-se de mim, Adão?
- Estela Lins?! Como vai o malandro do seu marido? Anda sumido!
- É por causa dele que estou aqui. Adão, você pode me acompanhar? Meu carro está na porta. É um caso grave.
- O que aconteceu?
- Direi tudo no carro.
Júlio Barrios, mexicano, cantor de boleros, fora um dos contratados de Adão que mais lhe deram dinheiro nos quase dez anos que estivera sob contrato. [...] Quando o público se cansou dele, Flores levou-o às churrascarias, salões da periferia e cidades do interior, etapas do declínio de qualquer cantor. Júlio não se abateu totalmente, pois, enquanto tivesse uma mulher apaixonada a seu lado, podia levar a vida.
Estela dirigia atabalhoadamente um fusca em estado de desmaterialização.
- Disse que Júlio está assustado?
- Disse apavorado.
- Por quê?
- Telefonemas ameaçadores.
- Quem seria a pessoa?
- Ele diz que não sabe.
- Mas você acha que sim.
- Pode ser algum traficante de drogas.
- Ora, Júlio nunca mexeu com isso. Trabalhamos juntos anos a fio e nunca o vi cheirar nada suspeito. Sua obsessão sempre foi outra...
O que o empresário-detetive imaginava era a ameaça de algum marido ou amante ciumento, daí Júlio não revelar nada a Estela, sua terceira ou quarta mulher desde que chegara ao Brasil. Apesar da decadência artística Júlio continuava bem-sucedido nessa modalidade esportiva. [...]
- Júlio sabe que veio me buscar?
- Sabe. Disse que quer tomar um cuba-libre com você, como nos velhos tempos.
- Espero que ele não acredite muito na coluna do Lauro de Freitas. Não sou tão bom detetive assim.
- Estamos chegando.
Estela estacionou o carro diante de um pequeno edifício de três andares. O casal morava no primeiro, cujas luzes estavam acesas.[...] A mulher abriu a porta, [...] indicou um velho divã ao empresário. Foi se dirigindo ao interi or do apartamento, an unciando:
- Adão está aqui, querido!< br />O empresário-detetive largou todo o seu peso numa mirrada poltrona, que protestou, rangendo. Não conhecia aquele apartamento. Júlio, sempre que mudava de mulher, mudava também de endereço.[...]
- Quem é o senhor? – Adão ouviu de repente a voz de Estela, vinda do quarto, em tom de pavor. – O que faz aqui?
Adão levantou-se: algo de anormal acontecia.
Novamente a voz de Estela, agora num grito:
- Juuuulio!
Adão deu uns passos enquanto Estela aparecia à porta do quarto, tentando dizer alguma coisa. O detetive entrou precipitadamente. A primeira imagem que viu foi Júlio sobre a cama, ensanguentado.
Estela apontou para a janela aberta.
- Ele fugiu!
Adão correu para sala e Estela abriu a porta do apartamento. Os dois precipitaram-se para a rua, ela na frente. Logo adiante havia uma esquina, que o criminoso já devia ter dobrado. Estela segurou Adão pelo braço.
- Vamos socorrer Júlio.
Regressaram ao apartamento. A lâmina toda de uma tesoura comprida estava enterrada nas costas de Júlio. O detetive apalpou-lhe o peito. O coração já não batia nem no ritmo lento do bolero.
Enquanto a polícia não chegava, Adão dava uma olhada no quarto. Estela, em prantos, aguardava a presença do cunhado, um de seus únicos parentes. Flores notou que algumas gavetas de uma cômoda estavam abertas. O criminoso estivera procurando alguma coisa. No peitoril da janela, um pouco de terra, certamente deixada pelos sapatos do homem que saltara. E sobre o criado-mudo um copo, o último cuba-libre que Júlio não terminara de beber. Sem gelo. Quem tomaria um cuba sem gelo num calor daquele? Foi ao encontro de Estela, na sala, e a achou dobrada sobre o divã.
- Gostaria de conversar com o zelador.
- O prédio não tem zelador, apenas uma faxineira no período da manhã.
- Acha que poderia reconhecer o homem?
- Nunca mais o esquecerei – garantiu Estela. – Era baixo, troncudo e tinha os olhos puxados.
- Já o vira antes?
- Não.
Adão retornou ao quarto, para dar mais uma espiada. Dali a instantes a polícia chegou: um delegado e dois tiras.
- Não mexi em nada – disse Flores. – E cuidado com o peitoril da janela. Há terra de sapato nele. Foi por onde o criminoso fugiu.
- O senhor o viu?
- Não, mas dona Estela poderá ajudar a fazer o retrato falado dele. Ela o encontrou no quarto de Júlio.
O delegado encarou o detetive.
- Você não é um tal Adão Flores, metido a Sherlock?
- Sou esse tal, mas vim aqui como amigo, chamado por Estela. Julio tinha recebido uns telefonemas ameaçadores.
Adão deixou os tiras trabalharem e saiu do quarto. O criminoso saltara da janela para um corredor cimentado que rodeava o edifício. Para baixo o santo tinha ajudado, mas subir pela janela teria sido difícil. Certamente ele tocara a campainha e entrara pela porta. Antes, porém, pisara em algum jardim, como atestava a terra do peitoril. Havia jardim à entrada do edifício?
Um dos tiras apareceu à porta com uma pergunta.
- O senhor deixou uma ponta de cigarro no cinzeiro? Há duas lá, mas só uma é da marca que Julio fumava.
- Só fumo em reuniões ecológicas. O criminoso deve ter tido tempo para fumar um cigarro. Só pode ter sido ele, pois Estela não fuma.
Adão permaneceu no apartamento até a chegada da Polícia Técnica, quando Estela Lins, no bagaço, foi levada pelo cunhado, que, antes de sair, declarou com todas as letras:
- Julio bem que mereceu isso. Um vagabundo, um explorador de mulheres! A polícia não devia perder tempo procurando o assassino.
Já era madrugada quando Flores retornou ao “Yes-Club”. [...] Contou a todos o que sucedera, recebendo em troca uma informação. Julio Barrios aparecera por lá, naquela semana, muito feliz. Uma gravadora resolvera lançar um elepê com seus maiores sucessos, Recuerdos, no qual depositava muitas esperanças. Planejava inclusive pintar os cabelos pa ra renovar o visual. E stava animadíssimo.No dia seguinte, Adão Fl ores compareceu à polícia para prestar depoimento. Estela, por sua vez, estava cooperando. O retrato falado do criminoso já estava pronto e sairia em todos os jornais. O delegado, porém, já manifestava uma suspeita.
- Não gostei da cara daquele cunhado. Estela pode até estar tentando protegê-lo.
- Não creio – replicou Adão. – Era apaixonada pelo cantor.
- Mas amores passam – comentou o delegado. – Como certas modas musicais...
Adão Flores foi ao jornal onde trabalhava Lauro de Freitas.
- Quantos quilos você pesa, Lauro?
- Acha que estou engordando?
- Que mal há nisso? Os gordos são belos.
- Setenta quilos.
- Então, venha.
- Onde?
- Você tem o mesmo peso do homem que matou Barrios, segundo declaração de Estela na delegacia.
- E isso me torna um suspeito?
- Vamos ao apartamento.
À porta do edifício, Adão identificou-se a um guarda, que vigiava o lugar desde o assassinato. Não foi fácil convencê-lo a deixar que o detetive e o jornalista entrassem no apartamento.
- Estamos aqui. E agora, Adão?
- Você vai fazer uma coisa, Lauro: saltar do peitoril da janela para o corredor.
Abriram a janela e o jornalista espiou.
- Altinho. Posso sentar no peitoril?
- Não, suba nele e salte.
- E se o pára-quedas não abrir?
- Não salte ainda. Vou para a sala. Aguarde minhas ordens, então salte e corra até a entrada do edifício.
Adão voltou para a sala, deu as instruções e ficou atento. Ouviu o baque dos pés de Lauro no cimento e, em seguida, seus passos rumo ao portão. Pouco depois, Lauro voltou à sala.
- O que quer mais? Sei plantar bananeira.
- Como atleta amador você não pode ser pago. Mas vou lhe fornecer uma bela história para sua indigna coluna. Não tire os olhos de mim. Agora vamos à gravadora Metrópole.
- Por quê?
- Porque quero pôr na cadeia a pessoa que matou o melhor intérprete de “Perfume de Gardênia”. Quem fez isso é meu inimigo pessoal. Não se apaga assim um parágrafo da História.
Adão e Lauro foram à gravadora, onde o detetive conversou com o diretor-artístico. Sim, Barrios ia gravar mesmo um elepê. Esperavam vendê-lo para uns cem mil saudosistas. E o homem fez mais, forneceu certo endereço que Flores considerou importantíssimo.
TRABALHO EM GRUPO
Exploração dos
Elementos Constitutivos da História de Detetive
1. Especifique as
características de cada um dos personagens abaixo discriminados
envolvidos na história até onde leram, especialmente, as
psicológicas.
a) O DETETIVE, Adão
Flores:
b) A VÍTIMA, Júlio Barrios:
c) Estela Lins
d) Lauro de Freitas
e) O cunhado
b) A VÍTIMA, Júlio Barrios:
c) Estela Lins
d) Lauro de Freitas
e) O cunhado
2. Nas histórias de
detetive, sempre há um crime a ser desvendado. No conto lido, alguém
foi assassinado. Diga:
a) Quando?
b) Onde?
c) Como?(especifique a arma do crime)
d) Quem foi a primeira pessoa a ver a vítima?
a) Quando?
b) Onde?
c) Como?(especifique a arma do crime)
d) Quem foi a primeira pessoa a ver a vítima?
3. Para solucionar o
enigma, é muito importante a análise da CENA DO CRIME em busca de
PISTAS que ajudem a construir o raciocínio lógico.
a) O que foi destacado em relação aos móveis e a qual a hipótese esta informação levou?
b) Havia terra no peitoril da janela. Qual a conclusão a que o detetive chegou sobre este fato?
c) Uma pista interessante que até motivou o título da história foi o copo de cuba-libre. Que detalhes são dados sobre ele e o que o detetive estranhou neste objeto?
d) Que pista foi encontrada pela polícia e o que se deduziu a partir dela?
a) O que foi destacado em relação aos móveis e a qual a hipótese esta informação levou?
b) Havia terra no peitoril da janela. Qual a conclusão a que o detetive chegou sobre este fato?
c) Uma pista interessante que até motivou o título da história foi o copo de cuba-libre. Que detalhes são dados sobre ele e o que o detetive estranhou neste objeto?
d) Que pista foi encontrada pela polícia e o que se deduziu a partir dela?
4. Observando da
janela por onde o assassino fugiu, o detetive tira mais uma
conclusão. Qual?
5. Qual era o estado
de ânimo da vítima nos dias que antecederam seu assassinato?
6. No dia seguinte
as assassinato, o que o detetive foi fazer no local do crime? Na
opinião do grupo, com que finalidade ele fez isso?
7. Depois de voltar
ao local do crime, Adão Flores foi à gravadora Metrópole. Por que
será que Flores achou importa ntíssimo certo endereço que o
diretor-artíst ico lhe forneceu?
8. Nas histórias de
detetive, o autor sugere SUSPEITOS que possam ter MOTIVO ou INTERESSE
para realizar o crime. Até onde vocês leram, que suspeitos o autor
sugeriu e qual vocês pensam ser o real CULPADO? Discutam, a partir
das pistas, e proponham a solução deste enigma.
Adoramos a atividade e compartilhamos no nosso blog:
ResponderExcluirhttp://ucanaserra.blogspot.com.br/2012/09/contos-enigmaticos.html
Mas ficamos curiosos para ver as produções dos alunos!
Bjs
Sintian
Meu nome é Gorete Pistorello Mineiro, fiz pós em Psicopedagogia e trabalho na sala do AEE e principalmente em sala de sala, auxiliando alunos com necessidades especiais e apoio pedagógico.
ResponderExcluirAcompanhei parte do trabalho da minha colega Deise. em sala de aula e garanto que os alunos envolveram-se com interesse nessa aula prática, dinâmica e necessária, onde os alunos realizaram várias atividades.Abraços